sábado, 11 de junho de 2011

First things first

Quem não teve um amor platónico? Pois eu tive, já lá vão quase 20 anos... Uma miúda de 10 anos a sofrer por amor, até é cómico. E um amor tão inocente, tão lindo, como só poderia ser nestas idades. E que me podia ter ensinado muito sobre a minha maneira de sentir, mas claro que na altura não tinha maturidade para perceber certas coisas... Podia ter ficado logo a saber que tenho uma panca por "cabrões", pelos difíceis, pelos que me fazem sofrer. Como quase todas as mulheres, verdade seja dita. Posso dizer que gostei mesmo do P. Apesar de nunca ter acontecido nada entre nós, de cada um ter seguido a sua vida, 13 anos depois ainda fico meia tola quando o vejo. Talvez seja por isso mesmo, porque nunca o tive e o que podia ter sido nunca passou da minha imaginação. Tanto tempo desperdiçado, em que podia ter aproveitado com menos melancolia os anos da minha adolescência, os tempos do liceu, em que podia ter aprendido muita coisa... Até que 6 (!) anos depois chegou um dia em que parece que tive uma espécie de acordar: amigo, se não gostas de mim, o mal é teu! E pronto, guardei um espacinho para ele, não fosse o rapaz aperceber-se de que eu afinal existia, e decidi começar a viver em função de mim. E foi assim que tudo começou a acontecer.

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