quarta-feira, 9 de novembro de 2011

O tempo que não estica

Tanto tempo sem vir aqui para me reencontrar... Trabalhos, compromissos, trabalhos e trabalhos. Sinto a falta do meu cantinho, do meu lugar. Tem de ser para breve, tem de ser!

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Rectrospectivas...

O fim da tua relação tem-me posto a pensar muitas vezes no passado. Demasiadas. Nos beijos transcendentes, nas conversas sem fim, nas risotas que faziam doer a barriga, no sexo do outro mundo...

Hoje os pensamentos não trouxeram boas lembranças...

Dei por mim a pensar em quando traíste a tua namorada na passagem de ano de 2009 para 2010. Foi aí que me bateu forte, foi nesse dia que me apercebi do quanto gostava de ti. Também só se fosse cegueta e completamente insensível, mas ver-te com outra ali à minha frente deu-me mesmo a volta ao miolo. No dia seguinte vieste deitar a cabeça no meu colo, a chorar como se fosses uma criança, a pedir-me desculpa. E eu ainda te fiz festas no cabelo, "pronto, já passou, está tudo bem". Continuaste a trocar mensagens com essa. Daquelas malandras, eu sei porque as vi, a desconfiança levou-me a fazer o que nunca imaginei, invadir a privacidade de alguém...

Começou aí a podridão, foi o princípio do fim. Disse-te o que tinha feito, disse-te que me tinhas magoado, pediste desculpa e passou.

Passou? Não, sabes que não passou. Mas pronto, vai-se andando, vai-se arrastando... Foste destruindo o meu orgulho, o meu amor-próprio. E eu não via.

Em Julho fartei-me, senti que já me tinhas magoado bastante e decidi seguir com a minha vida. Enviei-te uma mensagem a perguntar se podíamos falar e insististe em saber o tema, apesar de me conheceres tão bem e já o pressentires. Abri o jogo e disse-te que já chegava, não conseguia viver assim. Ligaste-me a chorar, a implorar para que não o fizesse, precisavas de mim e do meu apoio, ias mudar de cidade, viver sozinho e eu fazia-te bem, fazia-te companhia.

Mais uma vez, cedi ao teu pedido. Quando podia ia ter contigo, passei a fazer os meus planos em tua função. Lá ia eu de comboio para passar uma noite ou duas contigo. Lembras-te daquela vez em que estavas amuado e fizeste birra? Eu disse-te que assim não dormia contigo e fui para o outro quarto. Não perdeste tempo, agarraste-te ao telemóvel, eu ouvia as mensagens a chegar, nem te deste ao trabalho de lhe tirar o som. A tonta do quarto ao lado come a palha toda, certo? Deixei-me ficar até que apareceste a perguntar se já chegava de birra e se ia para a tua cama. Lá me levantei e fui... Voltei a cair na tentação de calar as minhas dúvidas, fui ver o teu telemóvel outra vez... Estava certa. Fechei os olhos outra vez. E foste-te habituando ao teu novo ritmo, à tua nova vida.

Umas semanas mais tarde combinámos todos ir passar um fim-de-semana à tua casa, até íamos poder dormir juntos, os teus amigos que também iam sabiam da nossa história. Mas a tua namorada decidiu mudar de ideias à última hora e acompanhou-nos. Lá vou eu para o quarto ao lado, desta vez sem vontade, desta vez novamente preterida. Mas sabia que não havia outra opção. Sentiste-te mal naquela noite, foste dar uma volta pelas ruas, apanhar ar. E ligaste-me, a mim, para falar e desanuviar. Mas não perdeste tempo e também decidiste partilhar a tua má disposição com a outra, sim, a terceira!

Não, agora chega. Tem lá paciência! E mesmo assim continuava a gostar de ti. Disse-to, que não conseguia ser a outra para sempre, agora ou vai ou racha.

Rachou... Disse-te que precisava de ouvir, com todas as letras, que não gostavas de mim e não querias ficar comigo. E ouvi.

Sabes, é isto que tenho de lembrar... Gostavas de mim porque precisavas de mim, não precisavas de mim por gostares de mim. Assim que deixaste de precisar, tudo se esfumou. Não ficou nada. Nada.

domingo, 18 de setembro de 2011

O amor é fodido

 (Faz parte da minha biblioteca, mas parece-me que tenho de o ler novamente... Quando gostamos mais de alguém do que esse alguém gosta de nós, damos em doidos...)

Sinto o meu coração a latejar...Não consigo parar de pensar em ti, em tudo o que me fizeste sentir. Deste-me o céu e o inferno, e mesmo assim sei que ainda te amo. Esta é a primeira vez que o digo, que enfrento a palavra e o sentimento. Nunca ninguém me beijou como tu, nunca ninguém me abraçou como tu, nunca me ninguém magoou como tu... E ainda vives e teimas em rasgar as paredes do meu coração, talvez sem o saberes. Quero lutar de novo, quero saber que pelo menos fiz alguma coisa. Mas a razão diz-me que é uma luta perdida, se não me quiseste no passado, porque haverias de querer agora, depois de teres visto que eu não ficaria à espera de um dia que nunca iria chegar? O cansaço venceu-me... Juntou-se à dor, ao realismo e à cobardia. Quero muito ser feliz, queria muito que fosse ao teu lado, mas depois de tudo, depois de te conhecer tão bem, sei que não iria conseguir confiar em ti. Quero-te e tenho-te medo. Serei masoquista? Fazes-me sofrer, mas não me sais do pensamento... Sim, o amor é fodido.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Um dia...

Ainda não chegou, mas pode ser que não demore :)

O desafio :)

E cá estou eu a responder ao desafio que me foi proposto pela minha querida Orquídea Selvagem :) Dá que pensar, para rever as prioridades :) Um grande beijinho.

5 COISAS QUE TENHO QUE FAZER ANTES DE MORRER
  • Visitar os Açores
  • Trabalhar na REN :)
  • Constituir uma família
  • Conduzir um Tesla
  • Ser feliz uma semana seguida

5 COISAS QUE MAIS DIGO
  • Oh God...
  • Lá chegarei
  • Pensamento positivo
  • Foda-se
  • Não há noite tão longa que não encontre o dia

5 COISAS QUE FAÇO BEM
  • Migas
  • Dar miminhos
  • Bicos (lol)
  • Massagens (das inocentes e das outras...)
  • Amêijoas à Bulhão Pato

5 DEFEITOS
  • Preguiça
  • Não (te) saber dizer que não
  • Impulsividade
  • Choro quando estou nervosa
  • Não saber demonstrar às pessoas o quanto gosto delas

5 COISAS QUE ADORO
  • Dormir
  • Chocolate
  • Sexo
  • Beijos
  • Ler

5 COISAS QUE DETESTO
  • Programar
  • Não (te) resistir
  • Cinismo
  • Acordar cedo
  • Condutores domingueiros

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Medo

 (imagem retirada da net, desconheço o autor)

Fiquei a saber que a tua relação acabou... E estou cheia de medo, estou ansiosa, angustiada até... Acabou? Porquê? Encontraste alguém que valeu a pena quando eu não vali? Queres-me de volta? Eu quero... Quero o teu corpo nos meus braços, o teu cheiro na minha pele, o teu suor no meu corpo, as tuas mãos a apertar-me, a tua boca a percorrer-me, o teu sexo no meu... Quero tanto esse calor que me provocavas por dentro, sentia-me pequena perante tanto desejo! Vem... Mas eu sei que me vou magoar. Faz hoje um ano que foi a última vez que te tive, fisicamente. Porque da cabeça nunca saíste.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

"Essa coisa de gostar de alguém"


Trouxe daqui, gostei tanto do que li que achei que devia trazer para o meu sítio, para ler e reler...

"Esta coisa de gostar de alguém não é para todos e, por vezes – em mais casos do que se possa imaginar – existem pessoas que pura e simplesmente não conseguem gostar de ninguém. Esperem lá, não é que não queiram – querem! – mas quando gostam – e podem gostar muito – há sempre qualquer coisa que os impede. Ou porque a estrada está cortada para obras de pavimentação. Ou porque sofremos de diabetes e não podemos abusar dos açucares. Ou porque sim e não falamos mais nisto. Há muita gente que não pode comer crustáceos, verdade? E porquê? Não faço ideia, mas o médico diz que não podemos porque nascemos assim e nós, resignados, ao aproximar-se o empregado de mesa com meio quilo de gambas que faz favor, vamos dizendo: “Nem pensar, leve isso daqui que me irrita a pele”.

Ora, por vezes, o simples facto de gostarmos de alguém pode provocar-nos uma alergia semelhante. E nós, sabendo-o, mandamos para trás quando estávamos mortinhos por ir em frente. Não vamos.. E muitas das vezes, sabendo deste nosso problema, escolhemos para nós aquilo que sabemos que, invariavelmente, iremos recusar. Daí existirem aquelas pessoas que insistem em afirmar que só se apaixonam pelas pessoas erradas. Mentira. Pensar dessa forma é que é errado, porque o certo é perceber que se nós escolhemos aquela pessoa foi porque já sabíamos que não íamos a lado nenhum e que – aqui entre nós – é até um alívio não dar em nada porque ia ser uma chatice e estava-se mesmo a ver que ia dar nisto. E deu. Do mesmo modo que no final de 10 anos de relacionamento, ou cinco, ou três, há o hábito generalizado de dizermos que aquela pessoa com quem nós nos casámos já não é a mesma pessoa, quando por mais que nos custe, é igualzinha. O que mudou – e o professor Júlio Machado Vaz que se cuide – foram as expectativas que nós criamos em relação a ela. Impressionados?


Pois bem, se me permitem, vou arregaçar as mangas. O que é difícil – dizem – é saber quando gostam de nós. E, quando afirmam isto, bebo logo dois dry martinis para a tosse. Saber quando gostam de nós? Mas com mil raios, isso é o mais fácil porque quando se gosta de alguém não há desculpas nem “ ai que amanhã não dá porque tenho muito trabalho”, nem “ ai que hoje era bom mas tenho outra coisa combinada” nem “ ai que não vi a tua chamada não atendida”.

Quando se gosta de alguém – mas a sério, que é disto que falamos – não há nada mais importante do que essa outra pessoa. E sendo assim, não há sms que não se receba porque possivelmente não vimos, porque se calhar estava a passar num sítio sem rede, porque a minha amiga não me deu o recado, porque não percebi que querias estar comigo, porque recebi as flores mas pensava não serem para mim, porque não estava em casa quando tocaste.

Quando se gosta de alguém temos sempre rede, nunca falha a bateria, nunca nada nos impede de nos vermos e nem de nos encontrarmos no meio de uma multidão de gente. Quando se gosta de alguém não respondemos a uma mensagem só no final do dia, não temos acidentes de carro, nem nunca os nossos pais se sentiram mal a ponto de nos impossibilitarem o nosso encontro. Quando se gosta de alguém, ouvimos sempre o telefone, a campainha da porta, lemos sempre a mensagem que nos deixaram no vidro embaciado do carro desse Inverno rigoroso. Quando se gosta de alguém – e estou a escrever para os que gostam - vamos para o local do acidente com a carta amigável, vamos ter com ela ao corredor do hospital ver como estão os pais, chamamos os bombeiros para abrirem a porta, mas nada, nada nos impede de estar juntos, porque nada nem ninguém é mais importante, do que nós."


De Fernando Alvim.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Acabou-se...

E a história com o V. acabou... Não estou deprimida, estou um pouco triste, mas também já experimentei a sensação de estar aliviada... Tenho de descrever a mim própria como tudo se passou para melhor assimilar e tentar perceber. Perceber-me a mim e talvez a ele. Quando puder escrever à vontade, estarei de volta.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Chateada

 (imagem retirada na net)

É daqueles dias em que vou usar o meu cantinho para desabafar. Porque estou chateada. Pior, estou chateada por estar chateada! Prometi a mim mesma não me deixar afectar desta maneira, e estou a falhar à minha promessa. E não posso, não quero e não me apetece falar disto com quem me rodeia. Estaria a dar a parte fraca... Não estou para levar com a conversa do "ah e tal, estás apaixonada!". Não estou. Mas poderia vir a estar... Por um lado até devia estar contente por as coisas estarem a correr assim, por não me poder deixar levar pelos sentimentos. Mas pelos vistos já comecei a ceder-lhes.

Conheci o V. em Fevereiro deste ano, na festa de aniversário de uma das minhas melhores amigas. Falei para ele sem sequer termos sido apresentados, não costumo esperar por essas convenções sociais. Nada de especial, ainda dei por mim a pensar "sim, és engraçado, até marchavas", mas fiquei por aí. Umas piadas, comentários sobre o espaço e a música, até uma dança. Deu-me boleia para casa e a noite ficou por aí, sem trocar contacto, sem combinar nada. Na semana seguinte encontro-o na noite. Os meus amigos foram embora, os dele também, acabámos por ficar só os dois. Conversa para cá, dança para lá, a coisa deu-se. Lá fui eu dormir a casa dele. O que me espantou a mim própria, pois nunca tinha ido para a cama com alguém que me era praticamente desconhecido. Enfim, há uma primeira vez para tudo, certo? Foi bom, muito bom, e é o que interessa. Dormiu agarrado a mim a noite toda, o que me fez uma certa confusão, e na manhã seguinte acordou-me com beijos e mais uma sessão de sexo. Almocei em casa dele, mais beijos e achei que estava na hora de vir para casa. Não queria que se fartasse de mim nem eu me queria fartar dele.

Desde então que estamos juntos praticamente todas as semanas, falamos regularmente (via facebook, mesmo à putos), mas não costumamos trocar mensagens e raramente falamos ao telemóvel. O que é isto?! Naked friends? Naked sim, friends é que não me parece... Já me apresentou alguns amigos dele, já foi ter comigo quando eu estava com os meus. Quando vou ter com ele quase nunca saímos de casa, ficamos sempre entre as quatro paredes do conforto dele, deitados no sofá a ver TV ou um filme qualquer. Quando não estamos nas nossas maratonas sexuais. Mas começo a fartar-me... E fico chateada porque talvez já estivesse a abrir o meu coração. Ou talvez já me tivesse mentalizado para o fazer.

Em Dezembro do ano passado tive um affair com um antigo colega. Nada de especial, estava com vontade de me distrair e não vi mal nenhum em "usá-lo" para esse fim. Fomos jantar, vimos um filme em minha casa, nessa noite só não houve sexo porque não havia preservativo. Passámos a noite de fim de ano juntos, trouxe-me a casa e subiu. Também não houve sexo. Confesso que não estava muito entusiasmada. Aquela pessoa afinal não me puxava, não me dizia nada. Acho que percebeu, porque foi embora e nunca mais disse nada, nunca mais soube nada dele. Ainda bem, não estava para me chatear nem para dramas masculinos.

Mas será que com o V. se vai passar o mesmo? É que andamos nisto há meio ano! Jantares a dois em casa dele, acabo por quase sempre passar lá a noite, já trocámos beijos em público, nas raras vezes em que saímos de casa. Passei o fim de semana em casa dele e desde então não sei de mais nada. Enviei-lhe um sms ao qual tive uma resposta curta e fria, sem margem para desenvolvimento de conversa. É mais um que também vai desaparecer assim? Será que é ainda por tua causa que não me consigo dar e não deixo que me levem?? Raios! Isso chateia-me!

domingo, 7 de agosto de 2011

Férias!

Depois da loucura do mês de Julho, em que não houve tempo para nada, vejo-me no mês de Agosto.

Finalmente vou poder dedicar-me novamente a este meu refúgio...

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Obrigada!

Recebi um presente do Vintenso, muito obrigada :) Fico muito contente por gostares deste meu cantinho, se gostares tanto como gosto do teu, é porque gostas mesmo muito :)

segunda-feira, 4 de julho de 2011

07/07 2

(imagem retirada da net)

No dia seguinte tínhamos nos olhos a cumplicidade de quem partilha um segredo... O segredo do melhor beijo da nossa vida, como já te disse e tu me disseste a mim. Da fome da noite anterior ficou uma marca, os beijos que me roubaste (não roubaste porque tos queria dar) foram tão intensos que me abriram o lábio. Mais tarde fiquei a saber que tinhas receio que não voltasse a acontecer, que aqueles fossem os últimos beijos que trocávamos, não querias deixar os meus lábios. E eu pensava no mesmo. Nessa noite aproveitámos quando ficámos sozinhos para fazer a chamada da praxe aos nossos "respectivos", cada um foi para seu lado, sabendo que nos íamos encontrar a meio do caminho. A minha chamada chega ao fim, tal como a tua. Olhamos um para o outro, no escuro, vendo perfeitamente o desejo nos olhos e nos lábios que se atraíam tanto, tanto... Outro beijo, quente, esfomeado, proibido... Quando demos conta alguém nos espreitava por uma janela, fomos para outro lugar onde pudessemos trocar outro, mais outro, ainda outro beijo. Ficaríamos assim a noite toda, mas temos de voltar. Será que na noite seguinte voltaremos a matar esta fome que se sente assim que o beijo acaba?

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Adeus

(imagem retirada da net)


Já gastámos as palavras pela rua, meu amor,
e o que nos ficou não chega
para afastar o frio de quatro paredes.
Gastámos tudo menos o silêncio.
Gastámos os olhos com o sal das lágrimas,
gastámos as mão à força de as apertarmos,
gastámos o relógio e as pedras das esquinas
em esperas inúteis.

Meto as mãos nas algibeiras
e não encontro nada.
Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro!
Era como se todas as coisas fossem minhas:
quanto mais te dava mais tinha para te dar.

Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes!
e eu acreditava.
Acreditava,
porque ao teu lado
todas as coisas eram possíveis.
Mas isso era no tempo dos segredos,
no tempo em que o teu corpo era um aquário,
no tempo em que os meus olhos
eram peixes verdes.
Hoje são apenas os meus olhos.
É pouco, mas é verdade,
uns olhos como todos os outros.

Já gastámos as palavras.
Quando agora digo: meu amor...,
já se não passa absolutamente nada.
E no entanto, antes das palavras gastas,
tenho a certeza
de que todas as coisas estremeciam
só de murmurar o teu nome
no silêncio do meu coração.
Não temos já nada para dar.
Dentro de ti
não há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
E já te disse: as palavras estão gastas.
Adeus.
 
 
Eugénio de Andrade

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Please don't go...


Ouvi neste jardim...

07/07

Quando penso se faria tudo de novo, não sei responder... Ao teu lado senti-me mais viva do que nunca, mas a dor que ainda sinto é demasiado forte, sinto-a bem dentro de mim, não me deixa respirar fundo.

Dois ou três dias de piadolas e provocações, só para quebrar o gelo, já te conhecia, afinal de contas eras meu colega, mas sem grande confiança. Acabámos por nos tornar os palhaços do grupo. Naquela noite ficámos para trás, a beber mais uma cerveja. Lembras-te? Eu lembro-me como se tivesse sido ontem... No regresso decides arriscar, agarras-me e encostas o teu corpo ao meu, fico entre ti e uma parede... Tenho os olhos fechados, os lábios entreabertos... Tens as minhas mãos nas tuas, mesmo ao teu jeito, de quem sabe o que faz e domina a situação. Estou com sede de ti e tu acabas com ela, naquele beijo sôfrego, quente, cheio de desejo... Um beijo como nenhum outro, que ainda me acelera... Continuas a segurar-me uma das mãos e com a outra começas a sentir o contorno do meu seio, sinto-me a aquecer por dentro, como nunca tinha sentido num beijo. Aquele beijo... Quando voltámos à realidade disse-te que o que se tinha passado ficaria só entre nós: "agora já temos um segredo"... E tu voltaste a beijar-me, com a mesma fome, a mesma ânsia, aquele beijo... Sempre inacabado... Mas tínhamos de voltar, os outros poderiam estranhar a nossa demora.

"Vê lá se te portas bem nesta semaninha de férias longe de mim", disse-me o meu namorado antes de se despedir de mim, depois de passarmos em casa da tua namorada para ir buscar uma coisa qualquer... Ele sabia que tu ias também, parecia que estava a adivinhar...

sábado, 11 de junho de 2011

Fome

Com fome de ti, de te sentir na minha boca, para depois entrares em mim e me fazeres tua...

Preguiça de fim-de-semana...





Prazer em conhecer-vos...

First things first

Quem não teve um amor platónico? Pois eu tive, já lá vão quase 20 anos... Uma miúda de 10 anos a sofrer por amor, até é cómico. E um amor tão inocente, tão lindo, como só poderia ser nestas idades. E que me podia ter ensinado muito sobre a minha maneira de sentir, mas claro que na altura não tinha maturidade para perceber certas coisas... Podia ter ficado logo a saber que tenho uma panca por "cabrões", pelos difíceis, pelos que me fazem sofrer. Como quase todas as mulheres, verdade seja dita. Posso dizer que gostei mesmo do P. Apesar de nunca ter acontecido nada entre nós, de cada um ter seguido a sua vida, 13 anos depois ainda fico meia tola quando o vejo. Talvez seja por isso mesmo, porque nunca o tive e o que podia ter sido nunca passou da minha imaginação. Tanto tempo desperdiçado, em que podia ter aproveitado com menos melancolia os anos da minha adolescência, os tempos do liceu, em que podia ter aprendido muita coisa... Até que 6 (!) anos depois chegou um dia em que parece que tive uma espécie de acordar: amigo, se não gostas de mim, o mal é teu! E pronto, guardei um espacinho para ele, não fosse o rapaz aperceber-se de que eu afinal existia, e decidi começar a viver em função de mim. E foi assim que tudo começou a acontecer.

Dia 0

Tudo um pouco... Pensamentos, desabafos, sem censura e com ditadura. Sou dona e senhora soberana deste meu lugar. Há de tudo. Um pouco de qualquer coisa... Pareceu-me bem, está ao sabor dos meus apetites. Sei que vou fazer muitas viagens pelas minhas memórias... Porque preciso de as arrumar, de não as esquecer, de encerrar capítulos... Reviver boas e más e aprender (ou não!) com elas. Já devia era ter aprendido, certo? Mas nunca é tarde e mais vale tarde do que nunca. O presente é isso mesmo, um presente, uma dádiva. Mas às vezes sinto que não o vivo em pleno, sinto-me agarrada a um passado que quero, mas me custa, deixar para trás. Será isto normal? Sou a única que não se consegue desprender? Bem, a seu tempo saberei, espero...